sexta-feira, 31 de maio de 2013

NOTAÇÃO MUSICAL TRADICIONAL:

Como se escrever música?


A música é uma linguagem sonora como a fala. Assim como representamos a

fala por meio de símbolos do alfabeto, podemos representar graficamente a música

por meio de uma notação musical.

Os sistemas de notação musical existem há milhares de anos. Cientistas já

encontraram muitas evidências de um tipo de escrita musical praticada no Egito e na

Mesopotâmia por volta de 3.000 anos antes de Cristo!
Sabese que outros povos também desenvolveram sistemas de notação musical


em épocas mais recentes, como é o caso da civilização grega.

Fragmento de antigo papiro grego com notação musical

Existem vários sistemas de leitura e escrita que são utilizados para representar

graficamente uma obra musical. A escrita permitiu que as músicas compostas antes do

aparecimento dos meios de comunicação modernos pudessem ser preservadas e

recriadas novamente. A escrita musical permite que um intérprete toque uma música

tal qual o compositor a prescreveu.

O sistema de notação ocidental moderno é o sistema gráfico que utiliza

símbolos escritos sobre uma pauta de 5 linhas paralelas e equidistantes e que formam
entre si quatro espaços. A pauta musical também é chamada de PENTAGRAMA. Veja:




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Contamse as linhas e os espaços da pauta de baixo para cima. A nota que está


num espaço não deve passar para a linha de cima nem para a de baixo. A nota que está

numa linha ocupa a metade do espaço superior e a metade do espaço inferior.
 
 


O elemento básico de qualquer sistema de notação musical é a NOTA, que

representa um único som e suas características básicas: DURAÇÃO e ALTURA. Veja:

Os sistemas de notação também permitem representar diversas outras

características, tais como variações de intensidade, expressão ou técnicas de execução

instrumental.

Para representar a linguagem falada você usa as letras do alfabeto. Já para
representar os sons musicais você usa as NOTAS MUSICAIS. O nosso sistema musical


tem 7 (sete) notas.

Elas formam a seguinte sequência:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ SI
Essa sequência organizada de notas é chamada de ESCALA. As escalas usadas


no ocidente se organizam do som mais grave para o mais agudo e se repetem a cada

ciclo de 7 notas:

As notas musicais no teclado do piano
Escalas Naturais – o modo Maior


As escalas chamadas naturais são as que não possuem “acidentes”. Um bom
exemplo é a escala de Dó Maior. As sete notas são naturais, não possuem acidentes:



Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si

Existe uma relação intervalar entre cada nota.
 

Essa relação intervalar entre cada nota da escala é a “fôrma” para criar as

outras escalas maiores. Por exemplo, se quisermos começar uma escala em Sol,
chamandoa de SOL Maior, a escala seria:


Sol – Lá – Si – Dó – Ré – Mi – Fá # Sol
A escala formada possui uma alteração, o Fá sustenido! Uma alteração de meio


tom acima. Isso para que a mesma relação entre os intervalos seja respeitada.

Às vezes ao invés de alterar a nota em meio tom para cima é necessário alterar

meio tom para baixo. Veja a escala de Fá:
Fá – Sol – Lá – Si b– Dó – Ré – Mi – Fá

Neste caso a nota alterada é Si Bemol! Uma alteração de meio tom abaixo.

As alterações SUSTENIDO (#) e BEMOL (b) servem para ajustar as alturas


dentro da “fôrma” convencionada para os chamados modos Maior e Menor.

Se quisermos restaurar a nota alterada para o seu som anterior, devemos
indicar essa restauração colocando à frente da nota o sinal de BEQUADRO:




A Escala de Lá “menor” Natural


Se começarmos uma escala pela nota Lá criamos uma escala cujas relações

intervalares entre cada nota é diferente daquela das escalas maiores. Veja:
Lá – Si – Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá

T ½ T T ½ T T

INFORMAÇÕES SOBRE SEMITOM, ALTERAÇÕES DE SUSTENIDO, BEMOL E BEQUADRO

Semitom

Um semitom é o menor intervalo utilizado na escala diatônica (e conseqüentemente


em grande parte da música ocidental). Corresponde à diferença de altura entre duas

teclas adjacentes do piano (uma branca e a preta adjacente, ou duas brancas quando

não há uma preta entre elas). Também é o intervalo entre duas notas produzidas ao

apoiar o dedo sobre duas casas adjacentes na mesma corda de uma guitarra, por

exemplo. O tamanho exato de um semitom (em relação às freqüências) depende do

temperamento que é utilizado. O intervalo de segunda menor é considerado

fortemente dissonante.

No sistema de afinação que usamos, conhecido como "Afinação Temperada", a oitava

é dividida em doze notas. A distância ou a diferença na freqüência entre cada uma
dessas notas é conhecida como semitom. No teclado do piano, existe a distância de


um semitom entre as teclas que são adjacentes:
 
Um tom equivale a dois semitons. Todas as teclas brancas do teclado que estão


separadas por uma tecla preta estão à distância de um tom inteiro. As teclas que não

estão separadas por uma tecla preta estão à distância de meio tom, ou seja, um

semitom:
As notas correspondentes às teclas brancas do teclado [contandose a partir da nota à


esquerda do conjunto de duas teclas pretas, conforme indicado na figura abaixo] são
chamadas de Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si. [Após esta seqüência, iniciase uma nova


oitava, e os nomes das notas se repetem.] Estas notas são chamadas de notas naturais.
Podemos alterálas em um semitom ascendente com um sustenido (#) ou descendente


com um bemol (b). Uma tecla preta, por exemplo a que está entre o Dó e o Ré, pode

ser considerada como um Dó alterado de forma ascendente com um sustenido ou um

Ré alterado de forma descendente com um bemol:

Os exemplos sonoros abaixo mostram um intervalo de um semitom melodicamente

(duas notas em seqüência) e harmônicamente (as duas notas simultaneamente).
 


Semitons cromáticos e diatônicos

Se um semitom é anotado como duas notas baseadas no mesmo grau da escala, com
uma das notas sendo modificada por um acidente (como no exemplo ao lado Lá e

Lá#), então o semitom é chamado de cromático.


Se por outro lado ele é anotado como duas notas baseadas em graus adjacentes (como
no exemplo ao lado Mi e Fá), então o semitom é chamado diatônico.

1. Acidente de sustenido:


Quando uma nota sofre a alteração de sustenido ela se movimenta ascendentemente

em intervalo de semitom:
2. Acidente de Bemol:


Quando uma nota sofre a alteração de bemol ela se movimenta descendentemente

em intervalo de semitom:
OBS: Quando o acidente vem indicado depois da clave de sol, isto significa que a nota


que possuir o sinal (sustenido ou bemol) será alterada durante toda a música, salvo

quando aparecer o sinal de bequadro.
 

3. Alteração de bequadro:


Quando uma nota sofre a alteração de bequadro ela volta à nota natural, sem

alteração:

É necessário ressaltar que quando uma nota sofre uma alteração (sustenido, bemol,

bequadro), essa alteração dura apenas um compasso. Dessa forma, quando ocorre a

mudança de compasso não é preciso indicar a alteração novamente, já que ela volta

para nota original, como está indicada no início da melodia.
4. Enarmonia:


É quando a mesma nota possui dois nomes diferentes. Ex: Fá sustenido = Sol bemol, Si

bemol = Lá sustenido, Mi bemol = Ré sustenido e Réb = Dó sustenido.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

FORMACAO DE ACORDES E CIFRAGEM



A partir dessa aula, vamos aprender como montar os 9 tipos de acordes com sétima ao longo do braço da guitarra. Vou explicar a relação de proximidade entre os tétrades, quais são as suas inversões e como arpejá-los. Para um entendimento pleno dessa aula, recomendo saber a formação de tríades e tétrades.
Introdução: Assim como os acordes de tríade definem, através da sua estrutura, a função potencial que poderão desempenhar no trecho musical, os tétrades reforçam esse conceito trazendo a inclusão de mais uma nota, a sétima, encurtando a ambiguidade. Um acorde só irá representar com exatidão a escala da qual faz parte, quando for usado com todas as suas notas de tensão ou dentro da cadência harmônica, mas o tétrade é a forma estrutural mais completa.
Tipos de Tétrade: Na prática, usamos apenas 3 tipos de sétima na montagem dos tétrades:
  • sétima maior, que fica meio tom abaixo da tônica do acorde.
  • sétima menor, que fica 1 tom abaixo da tônica do acorde.
  • sétima diminuta, que fica 1 ½ tom abaixo da tônica do acorde. Aparece apenas no acorde diminuto e pode ser analisado como uma sexta maior.
Os 3 tipos de sétima

Como existem 4 tipos de tríade (tríade maior, tríade menor, tríade diminuta, tríade aumentada), multiplicadas por 3 tipos de sétima, resultam em 4 X 3 = 12 acordes de tétrade. Usamos na prática 8 desses tipos, pois, os outros 4 podem ser reescritos de forma enarmônica. Eles são:
Os tipos de tétrade

T -> Tônica
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Tríade maior
Tríade maior + Sétima maior = T7M ou Tmaj7  ou T^ (triângulo)
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima maior, nota B = C E G B = C7M ou Cmaj7 ou C^
Tríade maior + Sétima menor = T7
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima menor, nota Bb = C E G Bb = C7
Tríade maior + Sétima diminuta = não utilizado pois pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C E G A = A C E G =Am7
Tétrades originados da tríade maior

_______________________________________________________________________________________________________________
Tríade menor
Tríade menor + Sétima maior = Tm7M ou Tmmaj7 ou Tm^
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima maior, nota B = C Eb G B = Cm7M ou Cmmaj7 ou Cm^
Tríade menor + Sétima menor = Tm7
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima menor, nota Bb = C Eb G Bb = Cm7
Tríade menor + Sétima diminuta = não utilizado pois pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C Eb G A = A C Eb G= Am7(b5)
Tétrades originados da tríade menor

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Tríade diminuta
Tríade diminuta + Sétima maior = não utilizado, pois, pode ser reescrito de forma enarmônica. Esse tipo de acorde é uma variação do acorde diminuto To, onde a sétima diminuta é substituída pela sétima maior. Porém, a função do acorde se mantém. Normalmente é escrito como To(7M).
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima maior, nota B = C Eb Gb B = Co(7M)
Tríade diminuta + Sétima menor = Tm7(b5) ou TØ (acorde meio diminuto)
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima menor, nota Bb = C Eb Gb Bb =Cm7(b5) ou CØ
Tríade diminuta + Sétima diminuta = To (acorde diminuto)
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima diminuta, nota Bbb = C Eb Gb Bbb = Co
Tétrades originados da tríade diminuta

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Tríade aumentada
Tríade aumentada + Sétima maior = T7M(#5) ou Tmaj7(#5)
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima maior, nota B = C E G# B = C7M(#5) ou Cmaj7(#5)
Tríade aumentada + Sétima menor = T7(#5)
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima menor, nota Bb = C E G# Bb = C7(#5)
Tríade aumentada + Sétima diminuta = não utilizado, pois, pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C E G# A = A C E G# = Am7M
Tétrades originados da tríade aumentada

Observe no quadro abaixo as combinações utilizadas:

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O acorde alterado – é derivado do sétimo grau do campo harmônico menor melódico, e é característico por ser um acorde do tipo T7, com combinações de quintas e nonas alteradas.
T7 (b5 b9) |   T7 (b5 #9) |   T7 (#5 b9) |   T7 (#5 #9)
De forma geral, as variações com apenas uma das alterações ( T7(#5), T7(b5), T7(b9),T7(#9) ) também são consideradas  como acordes alterados. Nesse caso podemos adicionar mais um tipo de formação aos tétrades, o T7(b5).
Tipos: T7M | T7 | Tm7 | Tm7(b5), TØ | To | Tm7M | T7(#5) | T7M(#5) | T7(b5)
_______________________________________________________________________________________________________________
Montagem: Uma forma prática para descobrir os diferentes shapes de cada tipo de tétrade, é escolher uma tônica, definir a terça, quinta e sétima e depois posicionar as notas no braço da guitarra.
Tétrade Tm7 – Tônica + Terça menor + Quinta Justa + Sétima Menor
Cm7-> C Eb G Bb
Visualize no desenho abaixo as notas do tétrade de Cm7 colocadas ao longo do braço da guitarra:

Para montar o tétrade bastam as 4 notas da sua formação, a Tônica, a terça, a quinta e a sétima. Independente da inversão (nota mais grave) o acorde será sempre o mesmo.
Formatos de Cm7 sem salto de corda:

Formatos de Cm7 com salto de corda (são apenas os formatos com a separação do polegar da mão direita, mais fáceis de serem executados):

Formatos de Cm7 resultado da soma de formatos anteriores:

Existem ainda um grande número de formatos abertos que não são confortáveis de serem executados de forma harmônica (acorde), mas deverão ser estudados na forma melódica (arpejo):

Relação de proximidade entre os acordes – Ao comparar os 9 tipos de acordes de tétrade, podemos facilmente relacioná-los de acordo com as notas que possuem em comum.
3 notas em comum:
Cm7 (C Eb G Bb) tem 3 notas em comum com os acordes de…
  • C7    (C E G Bb)
  • Cm7(b5)    (C Eb Gb Bb)
  • Cm7M    (C Eb G B)
2 notas em comum:
Cm7 (C Eb G Bb) tem 2 notas em comum com os acordes de…
  • C7M    (C E G B)
  • Co    (C Eb Gb Bbb)
  • C7(#5)    (C E G# Bb)
  • C7(b5)    (E Gb Bb)
1 nota em comum (tônica):
Cm7 (C Eb G Bb) tem 1 nota em comum com o acorde de…
  • C7M(#5)    (C E G# B)
Os formatos com 3 ou 1 nota em comum, são os mais próximos, pois, basta a alteração de uma nota do acorde para transformar a função. Os formatos com 2 notas em comum são os mais distantes. Por exemplo:
Cm7 subindo a terça ½ tom = C7
Cm7 descendo a quinta ½ tom = Cm7(b5)
Cm7 subindo a sétima ½ tom = Cm7M
O acorde de C7M(#5), difere do acorde de Cm7 em 3 notas. Porém, o formato de ambos os acordes são parecidos. Ao tocar um Cm7, mova a tônica ½ tom abaixo, o acorde muda de função, formando um B7M(#5). A mesma coisa se aplica no sentido contrário, quando tocar um B7M(#5), mova a tônica ½ tom acima e obterá um Cm7.
Cm7 – C Eb G Bb reduzindo a tônica ½ tom e pensando nas outras notas de forma enarmônica (trocando o nome) = B D# Fx A# = B7M(#5)
Ou
B7M(#5) – B D# Fx A# elevando a tônica ½ tom e pensando nas outras notas de forma enarmônica (trocando o nome) = C Eb G Bb = Cm7
Depois suba o acorde de B7M(#5) ½ tom para obter o C7M(#5).
Observe na tabela abaixo o resumo dessas relações de proximidade:
As relações sinalizadas com cor, são aquelas com uma única nota de diferença, ou com 3 diferenças do mesmo tipo (formatos próximos). Os quadros em branco, são as relações com formatos distantes.

Usando a tabela para a montagem dos diferentes tétrades…




Use como referência a tabela abaixo.

Para transformar o Cm7 em C7 suba a terça meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7M suba a terça e a sétima meio tom (+ 1 casa) :


Para transformar o Cm7 em Cm7M suba a sétima meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em Cm7(b5) desca a quinta meio tom (- 1 casa):


Para transformar o Cm7 em Co desca a quinta e a sétima meio tom (- 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7(#5) suba a terça e a quinta meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7(b5) suba a terça meio tom (+ 1 casa) e desça a quinta meio tom:


Para transformar o Cm7 em C7M(#5) suba a terça, quinta e sétima meio tom (+ 1 casa):


Como uma alternativa, ao invés de mover a terça, quinta e sétima meio tom pra cima, mova a tônica meio tom pra baixo, gerando um acorde de B7M(#5). Depois, desloque o acorde inteiro meio tom pra cima, chegando no C7M(#5).

Esse tipo de relação existe também entre outros tétrades:
Formato de Tm7 movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7M(#5)
Formato de T7M(#5) movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de Tm7
Formato de To movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7
Formato de T7 movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de To
Formato de Tm7(b5) movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7M
Formato de T7M movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de Tm7(b5)

É importante modificar cada um dos formatos de Cm7 sugeridos, para descobrir todos os desenhos possíveis dos 9 tipos de tétrade.
Assimilação:
Começe memorizando ao menos 5 ou 6 formatos de Cm7 ao longo do braço da guitarra, dessa forma você ganha independência na montagem e conseguirá tocar qualquer tipo de tétrade em qualquer posição no instrumento. Uma forma eficiente, é usar um formato do qual já esteja acostumado e a partir de uma nota em comum ir associando novos formatos.

A partir dessa aula, vamos aprender como montar os 9 tipos de acordes com sétima ao longo do braço da guitarra. Vou explicar a relação de proximidade entre os tétrades, quais são as suas inversões e como arpejá-los. Para um entendimento pleno dessa aula, recomendo saber a formação de tríades e tétrades, assunto que trato no texto “Formação de Acordes e Cifragem – Parte 1”.
Introdução: Assim como os acordes de tríade definem, através da sua estrutura, a função potencial que poderão desempenhar no trecho musical, os tétrades reforçam esse conceito trazendo a inclusão de mais uma nota, a sétima, encurtando a ambiguidade. Um acorde só irá representar com exatidão a escala da qual faz parte, quando for usado com todas as suas notas de tensão ou dentro da cadência harmônica, mas o tétrade é a forma estrutural mais completa.
Tipos de Tétrade: Na prática, usamos apenas 3 tipos de sétima na montagem dos tétrades:
  • sétima maior, que fica meio tom abaixo da tônica do acorde.
  • sétima menor, que fica 1 tom abaixo da tônica do acorde.
  • sétima diminuta, que fica 1 ½ tom abaixo da tônica do acorde. Aparece apenas no acorde diminuto e pode ser analisado como uma sexta maior.
Os 3 tipos de sétima

Como existem 4 tipos de tríade (tríade maior, tríade menor, tríade diminuta, tríade aumentada), multiplicadas por 3 tipos de sétima, resultam em 4 X 3 = 12 acordes de tétrade. Usamos na prática 8 desses tipos, pois, os outros 4 podem ser reescritos de forma enarmônica. Eles são:
Os tipos de tétrade

T -> Tônica
_______________________________________________________________________________________________________________
Tríade maior
Tríade maior + Sétima maior = T7M ou Tmaj7  ou T^ (triângulo)
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima maior, nota B = C E G B = C7M ou Cmaj7 ou C^
Tríade maior + Sétima menor = T7
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima menor, nota Bb = C E G Bb = C7
Tríade maior + Sétima diminuta = não utilizado pois pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C E G A = A C E G =Am7
Tétrades originados da tríade maior

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Tríade menor
Tríade menor + Sétima maior = Tm7M ou Tmmaj7 ou Tm^
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima maior, nota B = C Eb G B = Cm7M ou Cmmaj7 ou Cm^
Tríade menor + Sétima menor = Tm7
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima menor, nota Bb = C Eb G Bb = Cm7
Tríade menor + Sétima diminuta = não utilizado pois pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C Eb G A = A C Eb G= Am7(b5)
Tétrades originados da tríade menor

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Tríade diminuta
Tríade diminuta + Sétima maior = não utilizado, pois, pode ser reescrito de forma enarmônica. Esse tipo de acorde é uma variação do acorde diminuto To, onde a sétima diminuta é substituída pela sétima maior. Porém, a função do acorde se mantém. Normalmente é escrito como To(7M).
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima maior, nota B = C Eb Gb B = Co(7M)
Tríade diminuta + Sétima menor = Tm7(b5) ou TØ (acorde meio diminuto)
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima menor, nota Bb = C Eb Gb Bb =Cm7(b5) ou CØ
Tríade diminuta + Sétima diminuta = To (acorde diminuto)
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima diminuta, nota Bbb = C Eb Gb Bbb = Co
Tétrades originados da tríade diminuta

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Tríade aumentada
Tríade aumentada + Sétima maior = T7M(#5) ou Tmaj7(#5)
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima maior, nota B = C E G# B = C7M(#5) ou Cmaj7(#5)
Tríade aumentada + Sétima menor = T7(#5)
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima menor, nota Bb = C E G# Bb = C7(#5)
Tríade aumentada + Sétima diminuta = não utilizado, pois, pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C E G# A = A C E G# = Am7M
Tétrades originados da tríade aumentada

Observe no quadro abaixo as combinações utilizadas:

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O acorde alterado – é derivado do sétimo grau do campo harmônico menor melódico, e é característico por ser um acorde do tipo T7, com combinações de quintas e nonas alteradas.
T7 (b5 b9) |   T7 (b5 #9) |   T7 (#5 b9) |   T7 (#5 #9)
De forma geral, as variações com apenas uma das alterações ( T7(#5), T7(b5), T7(b9),T7(#9) ) também são consideradas  como acordes alterados. Nesse caso podemos adicionar mais um tipo de formação aos tétrades, o T7(b5).
Tipos: T7M | T7 | Tm7 | Tm7(b5), TØ | To | Tm7M | T7(#5) | T7M(#5) | T7(b5)
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Montagem: Uma forma prática para descobrir os diferentes shapes de cada tipo de tétrade, é escolher uma tônica, definir a terça, quinta e sétima e depois posicionar as notas no braço da guitarra.
Tétrade Tm7 – Tônica + Terça menor + Quinta Justa + Sétima Menor
Cm7-> C Eb G Bb
Visualize no desenho abaixo as notas do tétrade de Cm7 colocadas ao longo do braço da guitarra:

Para montar o tétrade bastam as 4 notas da sua formação, a Tônica, a terça, a quinta e a sétima. Independente da inversão (nota mais grave) o acorde será sempre o mesmo.
Formatos de Cm7 sem salto de corda:

Formatos de Cm7 com salto de corda (são apenas os formatos com a separação do polegar da mão direita, mais fáceis de serem executados):

Formatos de Cm7 resultado da soma de formatos anteriores:

Existem ainda um grande número de formatos abertos que não são confortáveis de serem executados de forma harmônica (acorde), mas deverão ser estudados na forma melódica (arpejo):

Relação de proximidade entre os acordes – Ao comparar os 9 tipos de acordes de tétrade, podemos facilmente relacioná-los de acordo com as notas que possuem em comum.
3 notas em comum:
Cm7 (C Eb G Bb) tem 3 notas em comum com os acordes de…
  • C7    (C E G Bb)
  • Cm7(b5)    (C Eb Gb Bb)
  • Cm7M    (C Eb G B)
2 notas em comum:
Cm7 (C Eb G Bb) tem 2 notas em comum com os acordes de…
  • C7M    (C E G B)
  • Co    (C Eb Gb Bbb)
  • C7(#5)    (C E G# Bb)
  • C7(b5)    (E Gb Bb)
1 nota em comum (tônica):
Cm7 (C Eb G Bb) tem 1 nota em comum com o acorde de…
  • C7M(#5)    (C E G# B)
Os formatos com 3 ou 1 nota em comum, são os mais próximos, pois, basta a alteração de uma nota do acorde para transformar a função. Os formatos com 2 notas em comum são os mais distantes. Por exemplo:
Cm7 subindo a terça ½ tom = C7
Cm7 descendo a quinta ½ tom = Cm7(b5)
Cm7 subindo a sétima ½ tom = Cm7M
O acorde de C7M(#5), difere do acorde de Cm7 em 3 notas. Porém, o formato de ambos os acordes são parecidos. Ao tocar um Cm7, mova a tônica ½ tom abaixo, o acorde muda de função, formando um B7M(#5). A mesma coisa se aplica no sentido contrário, quando tocar um B7M(#5), mova a tônica ½ tom acima e obterá um Cm7.
Cm7 – C Eb G Bb reduzindo a tônica ½ tom e pensando nas outras notas de forma enarmônica (trocando o nome) = B D# Fx A# = B7M(#5)
Ou
B7M(#5) – B D# Fx A# elevando a tônica ½ tom e pensando nas outras notas de forma enarmônica (trocando o nome) = C Eb G Bb = Cm7
Depois suba o acorde de B7M(#5) ½ tom para obter o C7M(#5).
Observe na tabela abaixo o resumo dessas relações de proximidade:
As relações sinalizadas com cor, são aquelas com uma única nota de diferença, ou com 3 diferenças do mesmo tipo (formatos próximos). Os quadros em branco, são as relações com formatos distantes.

Usando a tabela para a montagem dos diferentes tétrades…




Use como referência a tabela abaixo.

Para transformar o Cm7 em C7 suba a terça meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7M suba a terça e a sétima meio tom (+ 1 casa) :


Para transformar o Cm7 em Cm7M suba a sétima meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em Cm7(b5) desca a quinta meio tom (- 1 casa):


Para transformar o Cm7 em Co desca a quinta e a sétima meio tom (- 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7(#5) suba a terça e a quinta meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7(b5) suba a terça meio tom (+ 1 casa) e desça a quinta meio tom:


Para transformar o Cm7 em C7M(#5) suba a terça, quinta e sétima meio tom (+ 1 casa):


Como uma alternativa, ao invés de mover a terça, quinta e sétima meio tom pra cima, mova a tônica meio tom pra baixo, gerando um acorde de B7M(#5). Depois, desloque o acorde inteiro meio tom pra cima, chegando no C7M(#5).

Esse tipo de relação existe também entre outros tétrades:
Formato de Tm7 movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7M(#5)
Formato de T7M(#5) movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de Tm7
Formato de To movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7
Formato de T7 movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de To
Formato de Tm7(b5) movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7M
Formato de T7M movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de Tm7(b5)

É importante modificar cada um dos formatos de Cm7 sugeridos, para descobrir todos os desenhos possíveis dos 9 tipos de tétrade.
Assimilação:
Começe memorizando ao menos 5 ou 6 formatos de Cm7 ao longo do braço da guitarra, dessa forma você ganha independência na montagem e conseguirá tocar qualquer tipo de tétrade em qualquer posição no instrumento. Uma forma eficiente, é usar um formato do qual já esteja acostumado e a partir de uma nota em comum ir associando novos formatos.

A partir dessa aula, vamos aprender como montar os 9 tipos de acordes com sétima ao longo do braço da guitarra. Vou explicar a relação de proximidade entre os tétrades, quais são as suas inversões e como arpejá-los. Para um entendimento pleno dessa aula, recomendo saber a formação de tríades e tétrades, assunto que trato no texto “Formação de Acordes e Cifragem – Parte 1”.
Introdução: Assim como os acordes de tríade definem, através da sua estrutura, a função potencial que poderão desempenhar no trecho musical, os tétrades reforçam esse conceito trazendo a inclusão de mais uma nota, a sétima, encurtando a ambiguidade. Um acorde só irá representar com exatidão a escala da qual faz parte, quando for usado com todas as suas notas de tensão ou dentro da cadência harmônica, mas o tétrade é a forma estrutural mais completa.
Tipos de Tétrade: Na prática, usamos apenas 3 tipos de sétima na montagem dos tétrades:
  • sétima maior, que fica meio tom abaixo da tônica do acorde.
  • sétima menor, que fica 1 tom abaixo da tônica do acorde.
  • sétima diminuta, que fica 1 ½ tom abaixo da tônica do acorde. Aparece apenas no acorde diminuto e pode ser analisado como uma sexta maior.
Os 3 tipos de sétima

Como existem 4 tipos de tríade (tríade maior, tríade menor, tríade diminuta, tríade aumentada), multiplicadas por 3 tipos de sétima, resultam em 4 X 3 = 12 acordes de tétrade. Usamos na prática 8 desses tipos, pois, os outros 4 podem ser reescritos de forma enarmônica. Eles são:
Os tipos de tétrade

T -> Tônica
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Tríade maior
Tríade maior + Sétima maior = T7M ou Tmaj7  ou T^ (triângulo)
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima maior, nota B = C E G B = C7M ou Cmaj7 ou C^
Tríade maior + Sétima menor = T7
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima menor, nota Bb = C E G Bb = C7
Tríade maior + Sétima diminuta = não utilizado pois pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de C (C E G) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C E G A = A C E G =Am7
Tétrades originados da tríade maior

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Tríade menor
Tríade menor + Sétima maior = Tm7M ou Tmmaj7 ou Tm^
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima maior, nota B = C Eb G B = Cm7M ou Cmmaj7 ou Cm^
Tríade menor + Sétima menor = Tm7
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima menor, nota Bb = C Eb G Bb = Cm7
Tríade menor + Sétima diminuta = não utilizado pois pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de Cm (C Eb G) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C Eb G A = A C Eb G= Am7(b5)
Tétrades originados da tríade menor

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Tríade diminuta
Tríade diminuta + Sétima maior = não utilizado, pois, pode ser reescrito de forma enarmônica. Esse tipo de acorde é uma variação do acorde diminuto To, onde a sétima diminuta é substituída pela sétima maior. Porém, a função do acorde se mantém. Normalmente é escrito como To(7M).
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima maior, nota B = C Eb Gb B = Co(7M)
Tríade diminuta + Sétima menor = Tm7(b5) ou TØ (acorde meio diminuto)
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima menor, nota Bb = C Eb Gb Bb =Cm7(b5) ou CØ
Tríade diminuta + Sétima diminuta = To (acorde diminuto)
Exemplo: Tríade de Cm(b5) (C Eb Gb) + sétima diminuta, nota Bbb = C Eb Gb Bbb = Co
Tétrades originados da tríade diminuta

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Tríade aumentada
Tríade aumentada + Sétima maior = T7M(#5) ou Tmaj7(#5)
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima maior, nota B = C E G# B = C7M(#5) ou Cmaj7(#5)
Tríade aumentada + Sétima menor = T7(#5)
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima menor, nota Bb = C E G# Bb = C7(#5)
Tríade aumentada + Sétima diminuta = não utilizado, pois, pode ser reescrito de forma enarmônica.
Exemplo: Tríade de C(#5) (C E G#) + sétima diminuta, nota Bbb (A) = C E G# A = A C E G# = Am7M
Tétrades originados da tríade aumentada

Observe no quadro abaixo as combinações utilizadas:

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O acorde alterado – é derivado do sétimo grau do campo harmônico menor melódico, e é característico por ser um acorde do tipo T7, com combinações de quintas e nonas alteradas.
T7 (b5 b9) |   T7 (b5 #9) |   T7 (#5 b9) |   T7 (#5 #9)
De forma geral, as variações com apenas uma das alterações ( T7(#5), T7(b5), T7(b9),T7(#9) ) também são consideradas  como acordes alterados. Nesse caso podemos adicionar mais um tipo de formação aos tétrades, o T7(b5).
Tipos: T7M | T7 | Tm7 | Tm7(b5), TØ | To | Tm7M | T7(#5) | T7M(#5) | T7(b5)
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Montagem: Uma forma prática para descobrir os diferentes shapes de cada tipo de tétrade, é escolher uma tônica, definir a terça, quinta e sétima e depois posicionar as notas no braço da guitarra.
Tétrade Tm7 – Tônica + Terça menor + Quinta Justa + Sétima Menor
Cm7-> C Eb G Bb
Visualize no desenho abaixo as notas do tétrade de Cm7 colocadas ao longo do braço da guitarra:

Para montar o tétrade bastam as 4 notas da sua formação, a Tônica, a terça, a quinta e a sétima. Independente da inversão (nota mais grave) o acorde será sempre o mesmo.
Formatos de Cm7 sem salto de corda:

Formatos de Cm7 com salto de corda (são apenas os formatos com a separação do polegar da mão direita, mais fáceis de serem executados):

Formatos de Cm7 resultado da soma de formatos anteriores:

Existem ainda um grande número de formatos abertos que não são confortáveis de serem executados de forma harmônica (acorde), mas deverão ser estudados na forma melódica (arpejo):

Relação de proximidade entre os acordes – Ao comparar os 9 tipos de acordes de tétrade, podemos facilmente relacioná-los de acordo com as notas que possuem em comum.
3 notas em comum:
Cm7 (C Eb G Bb) tem 3 notas em comum com os acordes de…
  • C7    (C E G Bb)
  • Cm7(b5)    (C Eb Gb Bb)
  • Cm7M    (C Eb G B)
2 notas em comum:
Cm7 (C Eb G Bb) tem 2 notas em comum com os acordes de…
  • C7M    (C E G B)
  • Co    (C Eb Gb Bbb)
  • C7(#5)    (C E G# Bb)
  • C7(b5)    (E Gb Bb)
1 nota em comum (tônica):
Cm7 (C Eb G Bb) tem 1 nota em comum com o acorde de…
  • C7M(#5)    (C E G# B)
Os formatos com 3 ou 1 nota em comum, são os mais próximos, pois, basta a alteração de uma nota do acorde para transformar a função. Os formatos com 2 notas em comum são os mais distantes. Por exemplo:
Cm7 subindo a terça ½ tom = C7
Cm7 descendo a quinta ½ tom = Cm7(b5)
Cm7 subindo a sétima ½ tom = Cm7M
O acorde de C7M(#5), difere do acorde de Cm7 em 3 notas. Porém, o formato de ambos os acordes são parecidos. Ao tocar um Cm7, mova a tônica ½ tom abaixo, o acorde muda de função, formando um B7M(#5). A mesma coisa se aplica no sentido contrário, quando tocar um B7M(#5), mova a tônica ½ tom acima e obterá um Cm7.
Cm7 – C Eb G Bb reduzindo a tônica ½ tom e pensando nas outras notas de forma enarmônica (trocando o nome) = B D# Fx A# = B7M(#5)
Ou
B7M(#5) – B D# Fx A# elevando a tônica ½ tom e pensando nas outras notas de forma enarmônica (trocando o nome) = C Eb G Bb = Cm7
Depois suba o acorde de B7M(#5) ½ tom para obter o C7M(#5).
Observe na tabela abaixo o resumo dessas relações de proximidade:
As relações sinalizadas com cor, são aquelas com uma única nota de diferença, ou com 3 diferenças do mesmo tipo (formatos próximos). Os quadros em branco, são as relações com formatos distantes.

Usando a tabela para a montagem dos diferentes tétrades…




Use como referência a tabela abaixo.

Para transformar o Cm7 em C7 suba a terça meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7M suba a terça e a sétima meio tom (+ 1 casa) :


Para transformar o Cm7 em Cm7M suba a sétima meio tom (+ 1 casa):


Para transformar o Cm7 em Cm7(b5) desca a quinta meio tom (- 1 casa):


Para transformar o Cm7 em Co desca a quinta e a sétima meio tom (- 1 casa):


Para transformar o Cm7 em C7(#5) suba a terça e a quinta meio tom (+ 1 casa):

Para transformar o Cm7 em C7(b5) suba a terça meio tom (+ 1 casa) e desça a quinta meio tom:


Para transformar o Cm7 em C7M(#5) suba a terça, quinta e sétima meio tom (+ 1 casa):


Como uma alternativa, ao invés de mover a terça, quinta e sétima meio tom pra cima, mova a tônica meio tom pra baixo, gerando um acorde de B7M(#5). Depois, desloque o acorde inteiro meio tom pra cima, chegando no C7M(#5).

Esse tipo de relação existe também entre outros tétrades:
Formato de Tm7 movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7M(#5)
Formato de T7M(#5) movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de Tm7
Formato de To movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7
Formato de T7 movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de To
Formato de Tm7(b5) movendo a tônica ½ tom para baixo-> Formato de T7M
Formato de T7M movendo a tônica ½ tom para cima-> Formato de Tm7(b5)

É importante modificar cada um dos formatos de Cm7 sugeridos, para descobrir todos os desenhos possíveis dos 9 tipos de tétrade.
Assimilação:
Começe memorizando ao menos 5 ou 6 formatos de Cm7 ao longo do braço da guitarra, dessa forma você ganha independência na montagem e conseguirá tocar qualquer tipo de tétrade em qualquer posição no instrumento. Uma forma eficiente, é usar um formato do qual já esteja acostumado e a partir de uma nota em comum ir associando novos formatos.